Depoimento!

Meu nome é Nathália Rodrigues Miranda, eu tenho 13 anos. Minha mãe faleceu quando eu tinha 9 anos
em um acidente de trânsito com 42 anos. Ela foi atropelada e eu vi tudo. Ela saiu do carro e foi comprar
um remédio para a minha irmã. Ela estava no acostamento e ficou completamente paralizada enquanto o
caminhão se aproximava. Eu só escutei o barulho do vidro estilhaçando . Tudo era muito confuso. E o que
mais me dói é que ela poderia estar com a minha irmã no colo. O motorista prestou socorro e ela foi pro
hospital. No dia seguinte meu pai, minha prima e minha tia vieram até mim e disseram que minha mãe
tinha morrido, que ela não havia sido forte o suficiente e me perguntaram se eu queria ir no funeral, eu
aceitei. Lá tinha muita gente, toda a família e tinha também vários amigos e colegas de trabalho da minha
mãe, a maioria eu não conhecia. Até hoje não sei ao certo como nem quando ela morreu, não quiserem me
contar. E eu realmente espero que essa campanha traga a paz no trânsito.
Nota da entrevistadora: Nath, se a sua mãe não foi forte o bastante, você foi forte pelas duas. Você
suportou a perda da sua mãe na época em que mais precisava dela. Você usa até hoje um colar em forma
de coração com a foto da sua mãe, para que ela esteja com você. E ela sempre esteve e sempre estará,
para admirar a garota incrível que você se tornou mesmo sem a presença física dela. Saiba que sua mãe
não se foi por culpa dela, foi um...” acidente”. Não, não foi um acidente, porque não podemos chamar de
acidente algo que poderia ter sido evitado.
Quando eu perguntei para Nathália como ela se sentia sobre tudo isso, ela apenas me entregou esse
poema:
Amada por muitos
Quase um milagre
Logo, tantos aflitos
Já do ventre o sentimento dominava
Era o mais forte
Com o passar dos anos continuava
Indo até sua morte
Nunca desistiu de lutar
Batalhadora a define
Se dispôs a me amar
Que um anjo a ilumine
A saudade bate no peito
E então enlouquce
Mas eu aceito, não tem jeito
Porque isso acontece
Nathália Rodrigues Miranda- 8º ano T1

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